Operação Fake Plan: fraude documental na extração de madeira é desvendada

Uma operação que abalou as bases da extração ilegal de madeira na região norte do Brasil, apelidada de “Fake Plan,” revelou um esquema intrincado de fraude documental usado para “legalizar” a madeira extraída ilegalmente.

A 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia não hesitou em agir, determinando o bloqueio e sequestro de mais de R$ 126 milhões em contas bancárias relacionadas a esse grupo criminoso.

A Operação Fake Plan, comandada pela Polícia Federal (PF), foi realizada simultaneamente em seis municípios de Rondônia e um no Acre, resultando na execução de 15 mandados de busca e apreensão. Durante a operação, mais de R$ 5 milhões em bens relacionados às atividades ilegais foram apreendidos.

Documentos foram recolhidos e dinheiro e bens foram apreendidos durante a operação. (Imagem: Polícia Federal).

O cerne desse esquema criminoso estava na falsificação de autorizações de extração de madeira, alegando que a madeira havia sido retirada de uma área de proteção ambiental, a Estação Ecológica Samuel, situada entre os municípios de Candeias do Jamari (RO) e Itapuã do Oeste (RO).

Entretanto, perícias revelaram que nenhuma madeira havia sido de fato retirada da região. A suspeita é de que os documentos eram falsificados com o objetivo de “esquentar” madeira extraída ilegalmente, alimentando um mercado clandestino prejudicial ao meio ambiente e à economia legal.

Os impactos ambientais dessa operação fraudulenta são alarmantes. A extração ilegal de madeira contribui para o desmatamento não autorizado e prejudica a preservação de áreas de proteção ambiental.

Operação Fake Plan investiga esquema para “legalizar” madeira ilegal. (Imagem: Polícia Federal)

A Estação Ecológica Samuel, uma área de grande importância ecológica, foi colocada em risco por esse esquema e na segunda edição de nosso boletim apresentamos uma avaliação das pressões que essa UC sofre.

A investigação está em andamento, e há indicações de que aproximadamente 30 investigados, incluindo pessoas físicas e jurídicas, se beneficiaram desse esquema.

O desenrolar da Operação Fake Plan demonstra os vários processos de extração ilegal de recursos naturais em prejuízo ao meio ambiente. 

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