Desmatamento em áreas protegidas cai na Amazônia em 2023

Acumulado anual apresenta uma redução de quatro vezes do desmatamento em áreas protegidas na Amazônia no ano de 2023, de acordo com o Imazon.

As áreas protegidas da Amazônia tiveram em 2023 o menor desmatamento em nove anos, desde 2014. Conforme o monitoramento por imagens de satélite do instituto de pesquisa Imazon, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação passou de 1.431 km² em 2022 para 386 km² em 2023, uma diminuição de 73%, quase quatro vezes menos.

Desmatamento acumulado de Janeiro a Dezembro de 2023 de acordo com SAD. Imazon, 2024.

“Essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”, explica o pesquisador Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon. 

Desmatamento em Terras Indígenas

O pesquisador ressalta que, apesar da queda geral, algumas áreas protegidas tiveram aumento na destruição, sendo territórios que devem receber ações urgentes em 2024. Entre as terras indígenas, uma das situações mais críticas ocorreu na Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%, passando de 2 km² em 2022 para 8 km² em 2023, uma área equivalente a 800 campos de futebol. Isso fez com que o território fosse o terceiro mais devastado da Amazônia em 2023.

Desmatamento em Terras Indígenas de acordo com SAD. Imazon, 2024.

Desmatamento em Unidades de Conservação

Levando em conta apenas as unidades de conservação da Amazônia, o desmatamento teve queda de 77%, passando de 1.214 km² em 2022 para 282 km². Ou seja: quatro vezes menos. Foi a menor área de floresta destruída nesses tipos de territórios em nove anos, desde 2014. 

A maior redução ocorreu nos territórios sob jurisdição federal, onde a derrubada passou de 468 km² para 97 km², o que significa uma queda de 79%, quase cinco vezes menos. Já nas áreas estaduais, a devastação passou de 746 km² para 185 km², sendo 75% ou quatro vezes menos.

Desmatamento em Unidades de Conservação de acordo com SAD. Imazon, 2024.

Desmatamento por estados da Amazônia

Em relação aos estados, o desmatamento teve aumento apenas em três dos nove que compõem a Amazônia Legal na comparação de 2022 com 2023: Roraima (de 179 km² para 206 km²), Tocantins (de 16 km² para 21 km²) e Amapá (de 9 km² para 18 km²).

Série histórica de desmatamento por estados da Amazônia de acordo com SAD. Imazon, 2024.

Rondônia apresentou uma redução de 73% no desmatamento na comparação entre 2022 com 2023, de 1201 km² para 321 km². Uma redução expressiva, porém, ainda é um valor auto quando observada a série histórica.

Desmatamento acumulado em Rondônia de acordo com SAD. Observa Rondônia.

O relatório completo disponibilizado pode ser acessado no site do Imazon.

Para acessar um conjunto de outros dados focados no estado de Rondônia entre na nossa biblioteca e consulte o nossos boletins.

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