Parque Estadual de Guajará-Mirim: Incêndio já dura 14 dias

Imagens de satélite e aéreas mostram a dimensão da fumaça e das chamas e os pontos de foco do fogo. Segundo Prevfogo, combate ao incêndio é dificultado pelo baixo efetivo e falta de apoio aéreo.

O Parque Estadual de Guajará-Mirim está em chamas, um grande incêndio está atingindo o parque a cerca de 14 dias. Conforme informações do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), o fogo já atingiu uma grande porção do parque.

De acordo com o Prevfogo, o fogo está sendo combatido com grande dificuldade devido ao pequeno efetivo, a equipe indicial é composta por 12 pessoas. Além disso, os brigadistas não estão recebendo apoio aéreo e tem atuado somente por terra.

O incêndio está acontecendo, segundo o Prevfogo, em quatro frentes no Parque, porém os brigadistas só estão conseguindo atuar em duas, pois não conseguem chegar aos outros pontos de incêndio por falta de aeronaves.

As imagens de satélite e aéreas revelam a extensão da fumaça e das chamas, além dos pontos de foco do incêndio.

Focos de incêndio no Parque Guajará-Mirim — Foto: Prevfogo/Divulgação
O PES de Guajará-Mirim e as demais áreas protegidas da região, como a TI Karipuna, TI Uru-Eu-Wau-Wau e Resex Jaci-Paraná, tem enfrentado a devastação devido à presença contínua de invasores. Os crimes mais comuns incluem a extração ilegal de madeira, desmatamento, incêndios, pastagem, caça e pesca ilegais, além da grilagem de terras.

Necessidade de mais apoio

Equipes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão da Polícia Ambiental e da Polícia Militar também moveram efetivo de pessoas e meios terrestres para atuar no combate às chamas.

A Sedam também informou que uma base de combate foi deslocada para o Parque para iniciar o combate às chamas. Segundo a pasta, o incêndio é “aparentemente criminoso”, começou na beira da estrada e se alastrou para dentro da mata, um formato comumente utilizado para remoção da floresta, para posterior abertura de pastagem.

O Ministério Público de Rondônia solicitou a intervenção urgente frente a ameaça à biodiversidade e os recursos naturais, sendo respondido pelo Corpo de Bombeiros Militar para o envio de equipes para o Parque.

Brigadistas atuando no Parque Estadual Guajará-Mirim — Foto: Prevfogo/Divulgação.

Fontes:

Incêndio no Parque Guajará-Mirim já dura 13 dias, aponta Prevfogo. G1 Rondônia. 23 jul. 2024.

DEVASTAÇÃO – Corpo de Bombeiros envia equipes para combater incêndio no Parque Estadual Guajará-Mirim. JH Notícias. 24 jul. 2024.

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