RO entre os três primeiros Estados em todo o território nacional em crimes ambientais, revela um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Na vastidão da Amazônia Legal, Rondônia emerge como um foco crítico, registrando um alarmante aumento de 143% nos casos de incêndios criminosos entre 2018 e 2022, revela um estudo do Cartografias da Violência na Amazônia publicado pelo FBSP.

O estado não apenas se destaca como líder em infrações ambientais, mas também figura entre os três primeiros em todo o território nacional.

Os números são contundentes: em 2018, foram 93 incêndios, número que saltou para 226 em 2022. Esse crescimento de 143% reflete uma tendência preocupante.

Porto Velho, a capital de Rondônia, não fica para trás, ocupando a segunda posição no ranking municipal, com 423 infrações ambientais, abrangendo desde desmatamento até queimadas.

O estudo também expõe a crescente pressão do desmatamento sobre territórios indígenas, destacando a Terra do Meio no Pará, o Parque do Xingu em Mato Grosso e a reserva Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia.

Essas áreas agora enfrentam um cerco implacável da expansão do desmatamento, transformando-se em zonas de confinamento e refúgio da natureza, um fenômeno que lança sérias dúvidas sobre o ponto de não-retorno para a Amazônia, que abriga 69% da PanAmazônia em seus 4,8 milhões de km².

Em resumo:

1. A Amazônia Legal, especialmente Rondônia, enfrenta um aumento alarmante nos incêndios criminosos e infrações ambientais, ameaçando a sustentabilidade da região.

2. Rondônia se destaca nesse cenário, liderando em registros de incêndios criminosos e infrações ambientais, conforme revelado pelo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

3. O aumento significativo ocorreu entre 2018 e 2022, com os casos de incêndios criminosos em Rondônia crescendo 143%.

4. O fenômeno está associado à expansão do desmatamento, pressionando territórios indígenas e comprometendo a biodiversidade. Porto Velho, a capital de Rondônia, também está no foco, com 423 infrações ambientais, incluindo desmatamento e queimadas.

Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, extraídos do material e pesquisa Cartografias da Violência na Amazônia, de 2023. Para ler o estudo completo, acesse: Cartografias da violência na Amazônia – 2a edição.